quinta-feira, abril 26, 2007

E a dormência me move
Faz de meu corpo transporte
Pesado, de carne
E ossos
Doloridos
Osso e carne
Digeridos
por

segunda-feira, abril 02, 2007

Sinto um frio percorrer as unhas e correr os cabelos. As unhas racham, os cabelos caem. Ninguém nota, tampouco conto. Meus cabelos se desprendem e cochicham a sensação do cair. “é como se enchesse o corpo de ar, numa eterna dança flutuante, entre moléculas de água, pó, e um pouco brilho. não há de sentir a queda final pois ela não sente” Fio a fio, vão caindo, devagar. Não os via ao cair. Agora estou presa numa teia de fios, todos meus. Todo o esforço das unhas rachadas não mede um fio de cabelo. E elas crescem, sem parar. De rachar; num incessante ciclo de crescimento, barrado pela teia capilar e as fissuras de sua própria existência. Frágeis caracóis que ao se formar caracóis, co-rompem.
"é a característica de seu material, prevísivel e incerta" - sussurram ao meu ouvido.